Scirtothrips dorsalis Hood, 1919: 90.
Referência original: Hood JD (1919) On some new Thysanoptera from southern India. Insecutor Inscitiae menstruus 7: 90–103.
Família
Thripidae, Thripinae
Informações sobre nomenclatura
https://thrips.info/wiki/Scirtothrips_dorsalis
Diagnose
Corpo amarelo, com as laterais do tórax ligeiramente escurecidas, segmentos abdominais III–VIII com uma linha castanha na margem anterior e mancha castanho-claro medialmente; segmentos antenais I mais claro que o corpo, II concolor com o corpo, III–V escurecidos, mais claros basalmente, VI–VIII castanhos; asas anteriores frequentemente escurecidas. Cabeça com três pares de cerdas ocelares, par III entre os ocelos posteriores, cerdas próximas entre si; regiões ocelar e pós-ocular finamente estriadas transversalmente. Antenas com 8 segmentos, III & IV com cones sensoriais bifurcados. Pronoto retangular, transversalmente estriado, com um par de cerdas posteromarginais alongado. Metanoto com reticulação irregular a alongada posteromedialmente; sensilas campaniformes ausentes; dois pares de cerdas longas, par mediano ligeiramente distanciado da margem anterior. Asas anteriores com a primeira fileira de cerdas amplamente interrompida, segunda fileira com duas cerdas; cílios posteriores da asa retos. Terços laterais dos tergitos abdominais II–VIII cobertos por inúmeras fileiras de microtríquias delgadas e com um pente fino na margem posterior; tergito VIII com o pente de microtríquias completo; cerdas medianas nos tergitos III–VI pequenas e próximas entre si. Esternitos sem cerdas discais, mas cobertos por fileiras de microtríquias, exceto anteromedialmente. Fêmeas macrópteras.
Macho menor que a fêmea, ângulos anteriores do tergito IX sem um par de processos curvos (drepanas) robustos; fêmures posteriores sem fileira de cerdas grossas; esternitos sem placas porosas.
Variação intraespecífica
Metanoto pode apresentar esculturação fraca a ausente na metade posterior; fileiras completas de microtríquias podem estar restritas à área posterior dos esternitos abdominais (Dias-Pini et al. 2018).
Informações do gênero e espécies similares
Este gênero possui mais de 100 espécies, quase todas dos trópicos ou subtrópicos. A maioria dos membros possui corpo claro, pronoto transversalmente estriado e terços laterais dos tergitos abdominais cobertos com fileiras regulares de microtríquias diminutas. Algumas espécies de Scirtothrips possuem uma grande amplitude de variação, o que pode resultar em decisões taxonômicas equivocadas (Mound & Zur Strassen 2001). Scirtothrips dorsalis é similar a Scirtothrips aurantii, sendo diferenciada pelos cílios das asas anteriores retos em vez de ondulados, e por machos não possuírem drepanas ou fileira de cerdas robustas nos fêmures posteriores.
Distribuição no mundo
Amplamente distribuída na Ásia, sendo também registrada na África do Sul, região do Caribe, Estados Unidos (Flórida) e, recentemente, no Brasil.
Distribuição no Brasil*
Ceará
*Dados da literatura e dos autores.
História de vida
Espécie polífaga, encontrada em folhas jovens de diversas espécies vegetais. No Brasil, foi registrada em Anacardium occidentale (Dias-Pini et al. 2018).
Importância econômica
Espécie-praga em diversas plantas, altamente polífaga. É registrada como vetora de três tipos de tospovírus (Riley et al. 2011).
Referências sugeridas
Dias-Pini NS, Lima MGA, Lima EFB, Maciel GPS & Duarte PM (2018) Scirtothrips dorsalis (Thysanoptera: Thripidae): a Newly Introduced Polyphagous Pest in Northeastern Brazil. Neotropical Entomology 47(5): 725–728.
Hood JD (1919) On some new Thysanoptera from southern India. Insecutor Inscitiae menstruus 7: 90–103.
Riley DG, Joseph SV, Srinivasan R & Diffie S (2011) Thrips Vectors of Tospoviruses. Journal of Integrated Pest Management 2(1): 1–10
Atendimento
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