Referência original: Faure JC (1929) The South African citrus thrips and five other new species of Scirtothrips Shull. Transvaal University College Bulletin (Pretoria) 18: 1–18.
Corpo amarelo, tergitos e esternitos com uma marca castanha medialmente e cristas antecostais castanho-escuras; antenômero I branco, II & III cinzas, V–VIII castanhos; cerdas maiores do corpo escuras; asas anteriores claras com clavus escurecido. Antenas com 8 segmentos, III & IV com um pescoço apical constrito, cones sensoriais bifurcados e robustos. Cabeça mais larga que longa, regiões pós-ocular e ocelar com estriação fina; par de cerdas ocelares III localizado dentro do triângulo ocelar ou próximo à linha da margem anterior dos ocelos posteriores. Pronoto com estriação fina, par de cerdas posteromarginais S2 claramente mais longo que o par S1. Esculturação do metanoto transversal na área anterior, e longitudinalmente reticulado posteriormente; cerdas medianas situadas na margem anterior; sensilas campaniformes ausentes. Segunda venação das asas anteriores com 2–5 cerdas; cílios da franja posteromarginal fracamente ondulados. Tergitos III–V com a distância entre as cerdas medianas menor que seu comprimento; II–VIII com os terços laterais cobertos por fileiras de microtríquias finas, próximas entre si; VIII com microtríquias discais presentes anteromedialmente, pente posteromarginal completo; tergito IX sem microtríquias discais. Esternitos cobertos com microtríquias exceto anteromedialmente no VII. Ambos os sexos macrópteros.
Machos similares às fêmeas, mas menores; ângulos posteriores do tergito IX com um par de processos curvos (drepanas) se estendendo ao longo do tergito X; fêmures posteriores com uma fileira de cerdas robustas parecida com um pente; esternitos sem placas porosas.
Variação intraespecífica
Sem registro.
Informações do gênero e espécies similares
Este gênero possui mais de 100 espécies, quase todas dos trópicos ou subtrópicos. A maioria dos membros possui corpo claro, pronoto transversalmente estriado e terços laterais dos tergitos abdominais cobertos com fileiras regulares de microtríquias diminutas. Algumas espécies de Scirtothrips possuem uma grande amplitude de variação, o que pode resultar em decisões taxonômicas equivocadas (Mound & Zur Strassen 2001). Scirtothripsaurantii é uma de apenas duas espécies no gênero cujos machos são conhecidos por possuírem uma fileira de cerdas robustas, semelhantes a um pente, nos fêmures posteriores.
Distribuição no mundo
Amplamente distribuído da África do Sul ao Sudão, e também nas ilhas de Cabo Verde; introduzida na Austrália.
Distribuição no Brasil*
Ainda não registrada para o Brasil, mas é provável que ocorra em áreas no Norte do país.
*Dados da literatura e dos autores.
História de vida
Se alimenta de folhas de uma grande variedade de espécies, causando danos em algumas.
Importância Econômica
Causa danos em folhas e frutos de citros e manga.
Referências sugeridas
Garms BJ, Mound LA & Schellhorn NA (2013) Polyphagy in the Australian population of South African citrus thrips (Scirtothrips aurantii Faure). Australian Journal of Entomology 52: 282–289.
Mound LA & Palmer JM (1981) Identification, distribution and host-plants of the pest species of Scirtothrips (Thysanoptera: Thripidae). Bulletin of Entomological Research 71: 467–479.
Mound LA & Stiller M (2011) Species of the genus Scirtothrips from Africa (Thysanoptera, Thripidae). Zootaxa 2786: 51–61.