Os Tripes do Brasil
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Neohydatothrips flavens

Neohydatothrips flavens (Moulton, 1941: 316).

Referência original: Moulton D (1941) Thysanoptera from Minas Geraes, Brazil (second paper). Revista de Entomologia 12: 314–322.

 

Família

Thripidae, Sericothripinae

 

Informações sobre nomenclatura

http://thrips.info/wiki/Neohydatothrips_flavens

 

Diagnose

Corpo majoritariamente amarelo, com marcas castanhas na cabeça, pronoto, pterotórax e crista antecostal dos segmentos abdominais; segmentos abdominais VIII–X castanho-amarelados; todos os tarsos amarelos e tíbias majoritariamente castanhas; segmentos antenais I–III amarelos, IV amarelo no terço basal, V–VIII castanhos; asas anteriores claras, ligeiramente castanhas basalmente. Cabeça com várias linhas transversais de esculturação e um apódema occipital próximo à margem posterior dos olhos; três pares de cerdas ocelares; região ocelar transversalmente estriada. Antenas com 8 segmentos, III & IV com cones sensoriais bifurcados. Pronoto transversalmente reticulado na metade anterior, mas com uma mancha pronotal escura com estrias irregulares; um par de cerdas posteroangulares desenvolvidas; cerdas na margem anterior não são distintamente mais longas que cerdas discais; retículas sem marcas internas. Endofurcas meso e metatorácicas com espínula presente. Metanoto com linhas transversais de reticulação na região anterior e linhas longitudinais posteromedialmente; sensilas campaniformes ausentes; dois pares de cerdas longas próximas à margem anterior. Borda anterior do metaesterno arredondada. Tarsos com dois segmentos. Asas anteriores com a primeira fileira de cerdas essencialmente completa e segunda fileira com apenas duas cerdas. Tergitos abdominais I–VIII cobertos com microtríquias organizadas em fileiras próximas; II–VIII com um par de cerdas medianas longas e próximas entre si; margem posterior do tergito VIII com um pente de microtríquias longas. Esternitos cobertos por microtríquias, inclusive medialmente; três pares de cerdas posteromarginais longas.

 

Machos sem placas porosas nos esternitos abdominais.

 

Variação intraespecífica

Segmento antenal III às vezes levemente escurecido; segmentos abdominais VIII–X às vezes mais claros.

 

Informações do gênero e espécies similares

Neohydatothrips inclui cerca de 100 espécies, a maioria de países tropicais (Mound & Tree 2009). Todas possuem os esternitos abdominais e terços laterais dos tergitos cobertos por fileiras de microtríquias finas. É proximamente relacionado com Hydatothrips mas a margem anterior do metaesterno é transversal. Neohydatothrips flavens possui corpo amarelo e as asas anteriores são levemente escurecidas, com uma área mais clara indistinta medialmente e o extremo ápice claro. Uma chave para as espécies neotropicais de Neohydatothrips é fornecida por Lima & Mound (2016a).

 

Distribuição no mundo

Registrada apenas para o Brasil.

 

Distribuição no Brasil*

Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

*Dados da literatura e dos autores

 

História de vida

Vive em folhas; muito abundante em folhas de Dodonaea viscosa (Sapindaceae) no sul do Brasil.

 

Importância econômica

Sem registro.

 

Referências sugeridas

Cavalleri A, Romanowski HP & Redaelli L (2006) Thrips species (Insecta: Thysanoptera) inhabiting plants of the Parque Estadual de Itapuã, Viamão, Rio Grande do Sul state, Brazil. Revista Brasileira de Zoologia 23(2): 367–374.

Lima EFB & Mound LA (2016a). Species-richness in Neotropical Sericothripinae (Thysanoptera: Thripidae). Zootaxa 4162(1): 1–45.

Lima EFB & Mound LA (2016b). Systematic relationships of the Thripidae subfamily Sericothripinae (Insecta: Thysanoptera). Zoologischer Anzeiger 263: 24–32.

Mound LA & Marullo R (1996) The Thrips of Central and South America: An Introduction. Memoirs on Entomology, International 6: 1–488.

Mound LA & Tree DJ (2009) Identification and host-plant associations of Australian Sericothripinae (Thysanoptera, Thripidae) Zootaxa 1983: 1–22.


Publicado em: 29/12/2016
Postado por: Adriano

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