Corpo amarelo a marrom-claro; incluindo pernas e antenas, exceto pelo segmento II que é distintamente mais claro; cabeça levemente mais escura; asa anterior escurecida. Cabeça com um par de cerdas ocelares longas, além de um par de cerdas pós-oculares bem desenvolvidas. Antena com 8 segmentos; segmentos III & IV com sensórios transversais no ápice. Pronoto mais largo posteriormente, com apenas um par de cerdas posteroangulares longas. Espínula meso & metatorácica presente. Mesonoto com um par de cerdas longas localizadas lateralmente; metanoto com fraca esculturação central; sensila campaniforme presente; par de cerdas medianas localizado próximo da margem posterior. Tarso com dois segmentos. Asa anterior com duas fileiras completas de cerdas. Tergitos abdominais sem microtríquias e X com um par de tricobótrias bem desenvolvidas. Esternitos III–VII com dois a quatro pares de cerdas discais; ovipositor pouco desenvolvido. Fêmea geralmente áptera.
Macho áptero e com uma grande placa porosa no dorso da cabeça.
Variação intraspecífica
De acordo com Mound & O’Neill (1974), a cor do pronoto e o tamanho do corpo dos macho varia consideravelmente entre populações. Machos maiores possuem fêmur anterior expandido, tíbia anterior com tubérculos, e os segmentos antenais III–IV algumas vezes são longos e estreitos.
Informações do gênero e espécies similares
Merothrips inclui 13 espécies atuais, a maioria delas descrita dos Neotrópicos. Todas possuem antena com oito segmentos e área sensorial transversal nos segmentos III & IV, que pode ser levemente inflada. Muitas espécies são conhecidas apenas das formas ápteras. Merothrips floridensis é a espécie mais comum desse grupo, sendo similar à M. brunneus, mas apresenta cor distintivamente mais clara. Uma chave para as espécies de Merothrips fornecida por Mound & O’Neill (1974).
Distribuição no mundo
Amplamente distribuída, registrada desde a América do Sul até a do Norte, África, Austrália, Europa, Japão e Nova Zelândia.
Distribuição no Brasil*
Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo.
*Dados da literatura e dos autores.
História de vida
Vive no folhiço e em galhos mortos, e possivelmente se alimenta em hifas de fungos.
Importância econômica
Sem registros.
Referências sugeridas
Mound LA & O'Neill K (1974) Taxonomy of the Merothripidae, with ecological and phylogenetic considerations (Thysanoptera). Journal of Natural History 8: 481–509.
Mound LA & Marullo R. (1996). The Thrips of Central and South America: An Introduction. Memoirs on Entomology, International 6: 1–488.