Os Tripes do Brasil
Identificação, Informações, Novidades

Frankliniella schultzei

Frankliniella schultzei (Trybom, 1910: 151).

Referência original: Trybom F (1910) Physapoda. pp. 147–174 in Schultze Zoologische und anthropologische Ergebnisse einer Forschungreise im westlichen und zentralen Südafrica (1903–1905) Jena: Denkschriften der Medizinisch-naturwissenschaflichen Gesellschaft zu Jena Vol 16.

 

Família

Thripidae, Thripinae

 

Informações sobre nomenclatura

http://thrips.info/wiki/Frankliniella_schultzei

 

Diagnose

Corpo com coloração variável; formas castanhas possuem apenas o pronoto e pernas extensivamente amarelos, assim como a antena castanha com os segmentos III–V amarelos na base; formas amarelas geralmente possuem fracas marcas castanhas nos tergitos abdominais e apenas os segmentos antenais VI–VIII castanhos; asas anteriores claras. Cabeça com três pares de cerdas ocelares, par III longo com as cerdas próximas entre si, situado entre os ocelos posteriores. Antenas com 8 segmentos, III & IV com cones sensoriais bifurcados; pedicelo do antenômero III sem margens modificadas. Pronoto sem esculturação e com dois pares de cerdas posteroangulares longas; cerdas anteroangulares e anteromarginais longas, mas medindo menos que metade do comprimento do pronoto. Espínula mesotorácica longa, espínula metatorácica ausente. Metanoto com linhas transversais de reticulação na região anterior e reticulado na porção posteromedial; sensilas campaniformes ausentes; dois pares de cerdas situadas na margem anterior. Tarso com dois segmentos. Asas anteriores com duas fileiras completas de cerdas, próximas entre si. Tergitos abdominais V–VIII com ctenídias nas laterais, ctenídia no VIII situado anterolateralmente ao espiráculo; tergito VIII com um pente de microtríquias na margem posterior amplamente interrompido, com apenas alguns dentes laterais. Esternitos sem cerdas discais e com três pares de cerdas longas na margem posterior. Ambos os sexos macrópteros.

 

Machos mais claros e com placas porosas transversais nos esternitos abdominais III–VII.

 

Variação intraespecífica

Coloração do corpo e comprimento das cerdas altamente variável. Um morfotipo com o corpo extensivamente amarelo foi estudado em várias plantas no nordeste do Brasil.

 

Informações do gênero e espécies similares

Frankliniella é um dos maiores gêneros da ordem Thysanoptera, compreendendo mais de 160 espécies descritas. Cerca de 90% das espécies são neotropicais, e sua taxonomia é normalmente complexa. Quase todas as espécies possuem antenas com 8 segmentos, três pares de cerdas ocelares e asas anteriores com duas fileiras completas de cerdas. Aproximadamente 40 espécies são registradas para o Brasil, sendo que quase metade foi originalmente descrita no país. Apesar de altamente variável, Frankliniella schultzei pode ser facilmente distinguida pela posição do par de cerdas ocelares III, pela falta de sensilas no metanoto e pente de cerdas posteromarginais no tergito VIII pouco desenvolvido. Uma chave para as espécies de Frankliniella do Brasil está disponível em Cavalleri & Mound (2012).

 

Distribuição no mundo

Amplamente distribuída em todos os continentes.

 

Distribuição no Brasil*

Amplamente distribuída no Brasil.

*Dados da literatura e dos autores.

 

História de vida

Vive em flores, mas também se alimenta de folhas e pólen. Altamente polífaga: no Brasil, foi coletada em plantas nativas e também em vários cultivares como tomate, cebola e uva. O ciclo de vida dura cerca de 12 dias e a longevidade dos adultos é de aproximadamente 13 dias em condições laboratoriais (Pinent & Carvalho 1998).

 

Importância econômica

Sérios danos a várias plantações no mundo inteiro, através de sua alimentação e transmissão de tospovírus (Hoddle et al. 2012).

 

Referências sugeridas

Cavalleri A & Mound LA (2012) Toward the identification of Frankliniella species in Brazil (Thysanoptera, Thripidae). Zootaxa 3270: 1–30.

Hoddle MS, Mound LA & Paris DL (2012) Thrips of California. CBIT Publishing, Queensland. Disponível em http://keys.lucidcentral.org/keys/v3/thrips_of_california/ Thrips_of_California.html

Mound LA & Marullo R (1996) The Thrips of Central and South America: An Introduction. Memoirs on Entomology, International 6: 1–488.

Pinent SMJ & Carvalho GS (1998) Biologia de Frankliniella schultzei (Trybom) (Thysanoptera: Thripidae) em tomateiro. Anais da Sociedade Entomológica do Brasil 27(4): 519–524.


Publicado em: 28/12/2016
Postado por: Adriano

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