Corpo uniformemente castanho, incluindo as pernas; segmentos antenais castanhos, exceto o antenômero III que é mais claro; asas anteriores escurecidas com castanho. Cabeça com três pares de cerdas ocelares, par III proximamente posicionado entre os ocelos posteriores. Antenas com oito segmentos, III & IV com cones sensoriais bifurcados. Pronoto sem esculturação e com dois pares de cerdas posteroangulares longas. Espínula mesotorácica presente, espínula metatorácica não desenvolvida. Metanotum com algumas linhas irregulares de reticulação posteromedialmente; par de sensilas campaniformes presente; dois pares de cerdas, par mediano situado na margem anterior. Tarsos com dois segmentos. Asas anteriores com poucas cerdas na primeira venação, e fileira de cerdas na segunda venação quase completa. Tergitos abdominais I–VII sem craspedum ou áreas com microtríquias; tergitos com um par de cerdas medianas curtas e distantes entre si; margem posterior do VIII com um pente incompleto de microtríquias longas, com apenas alguns dentes laterais. Esternitos sem craspedum ou cerdas discais; três pares de cerdas posteromarginais. Ambos os sexos macrópteros.
Machos com várias placas porosas circulares pequenas nos esternitos abdominais.
Variação intraespecífica
Descrita de duas fêmeas e um macho, é possível que as fêmeas pertençam a espécies diferentes. Espécimes coletados no sul do Brasil foram identificadas como pertencendo à esta espécie. Porém, este material necessita de mais estudos.
Informações do gênero e espécies similares
Este gênero inclui cinco espécies, todas descritas do Novo Mundo. Mound & Nickle (2009) reconhecem este grupo como um táxon independente em relação ao gênero do Velho Mundo Ceratothripoides, do qual é possivelmente proximamente relacionado. Todos os membros de Retanathrips não possuem um pente posteromarginal de microtríquias no tergito VIII, ao menos medialmente, e o par de cerdas ocelares I está situado transversalmente na cabeça. Retanathrips lagoenacollus é a única espécie deste gênero registrada no Brasil.
Distribuição no mundo
Conhecida apenas do Brasil.
Distribuição no Brasil*
Rio de Janeiro.
*Dados da literatura e dos autores.
História de vida
Fitófaga, possivelmente vive em folhas. Espécimes identificados como esta espécie foram coletados se reproduzindo em Stachytarpheta cayennensis (Verbenaceae) no Rio Grande do Sul (Pinent et al. 2005).
Importância econômica
Sem registro.
Referências sugeridas
Mound LA & Marullo R (1996) The Thrips of Central and South America: An Introduction. Memoirs on Entomology, International 6: 1–488.
Mound LA & A Nickle D (2009) The Old-World Genus Ceratothripoides (Thysanoptera: Thripidae) With A New Genus For Related New-World Species. Zootaxa 2230: 57-63.
Pinent SMJ, Romanowski HP, Redaelli LR & Cavalleri A (2005) Thysanoptera: plantas visitadas e hospedeiras no Parque Estadual de Itapuã, Viamão, RS, Brasil. Iheringia. Série Zoologia 95: 9–16.