Os Tripes do Brasil
Identificação, Informações, Novidades

Thripidae do Brasil

 

Esta é a segunda maior família de Thysanoptera, com mais de 2100 espécies distribuídas pelo mundo. Tradicionalmente, quatro subfamílias são reconhecidas neste grupo: Dendrothripinae (105 spp.), Panchaetothripinae (140 spp.), Sericothripinae (170 spp.) e Thripinae (1715 spp.). Embora alguns destes grupos sejam suportados em estudos filogenéticos, o maior deles, Thripinae, provavelmente é parafilético (Buckman et al. 2013).

 

As espécies classificadas em Thripinae exibem uma variedade de biologias. Muitas espécies vivem em flores, enquanto outras se alimentam preferencialmente em folhas. Um número considerável de espécies está associada a gramíneas; algumas se alimentam ainda em musgos; e poucas são predadoras obrigatórias. Dois dos gêneros mais diversos e economicamente importantes de tripes pertencem à esta subfamília: FrankliniellaThrips. O primeiro é originário do Novo Mundo e o segundo tem espécies descritas de várias partes do mundo, exceto dos Neotrópicos. Frankliniella é o maior grupo de tripes que vivem em flores no Brasil, com mais de 40 espécies registradas para o país Cavalleri & Mound (2012). Já os Panchaetothripinae se alimentam exclusivamente em folhas, e algumas espécies como Heliothrips haemorrhoidalis, Selenothrips rubrocinctusCaliothrips spp. são consideradas pragas de várias plantas cultivadas. Os Dendrothripinae são tripes minúsculos que vivem primariamente em folhas, e com exceção de algumas espécies de HalmathripsLeucothrips, esse grupo é pouco representativo no Brasil. Os Sericothripinae podem ser encontrados em flores e folhas, com destaque para o gênero Neohydatothrips, que possui mais de 30 espécies registradas no país (Lima & Mound 2016).

 

Os Thripidae são também muito diversos em sua morfologia externa. Adultos de algumas espécies mantém a condição plesiomórfica de nove segmentos antenais, mas a maioria das espécies possuem apenas oito (e.g. Frankliniella) ou sete (e.g. Thrips) segmentos antenais, enquanto outros apresentam ainda um número menor de antenômeros. A maioria das espécies possui área sensorial nos segmentos antenais III & IV representada por cones bifurcados. Porém, cones sensoriais simples são comuns em alguns grupos. Os cílios da margem posterior das asas são onduladas na maioria dos membros dessa família, e geralmente duas veias longitudinais são visíveis na asa anterior.

 

 

 

Referências sugeridas:

Buckman RS, Mound LA & Whiting MF (2013) Phylogeny of thrips (Insecta: Thysanoptera) based on five molecular loci. Systematic Entomology 38: 123–133.

Cavalleri A & Mound LA (2012) Toward the identification of Frankliniella species in Brazil (Thysanoptera, Thripidae). Zootaxa 3270: 1–30.

Lima EFB & Mound LA (2016). Species-richness in Neotropical Sericothripinae (Thysanoptera: Thripidae). Zootaxa 4162(1): 1–45.

Mound LA & Marullo R (1996) The Thrips of Central and South America: An Introduction. Memoirs on Entomology, International 6: 1–488.


Publicado em: 27/01/2018
Postado por: Adriano

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