Corpo castanho a castanho escuro; tarsos e tíbias majoritariamente amarelos; segmentos antenais III–V amarelos; asas anteriores castanhas com uma faixa sub-basal mais clara. Cabeça com esculturação forte e constrição atrás dos olhos; região ocelar fortemente elevada. Antena com 8 segmentos, III & IV com cones sensoriais simples. Pronoto reticulado, sem cerdas longas. Endofurcas meso e metatorácicas sem espínula e com braços curtos. Mesonoto sem divisão longitudinal mediana. Metanoto com área mediana reticulada, sensilas campaniformes grandes, um par de cerdas próximas à margem posterior. Tarsos com um segmento. Primeira e segunda venações das asas anteriores com fileiras de cerdas incompletas, cerdas diminutas. Tergitos abdominais II–VIII com um par de cerdas medianas curtas; terços laterais e margem anterior com esculturação reticulada; VIII com craspeda posteromarginal; X alongado, com divisão longitudinal completa. Esternitos com craspeda completo, três pares de cerdas posteromarginais curtas. Ambos os sexos macrópteros.
Machos com um par de cerdas parecidas com espinhos no tergito IX; esternitos III–VII com uma placa porosa em forma de U em cada.
Variação intraespecífica
Adultos às vezes micrópteros.
Informações do gênero e espécies similares
O gênero Dinurothrips inclui apenas duas espécies, ambas neotropicais, e ambas com forte esculturação corporal e cerdas nas asas anteriores relativamente pequenas. Machos possuem placas porosas com o curioso formato de U nos esternitos abdominais. A outra única espécie no gênero, D. vezenyii, é também registrada no Brasil, mas é diferenciada por possuir o tarso com dois segmentos e mesonoto com uma pseudo-divisão longitudinal mediana.
Distribuição no mundo
Descrita de Porto Rico, é amplamente distribuída no Brasil, Caribe e América Central, Estados Unidos, Colômbia, Peru; também foi introduzida na Micronésia (Guam).
Distribuição no Brasil*
Acre, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
*Dados da literatura e dos autores
História de vida
Vive em folhas de diversas espécies de plantas, principalmente Solanaceae. É também registrada alimentando-se em bananeira e várias plantas de jardim.
Importância econômica
É registrada danificando folhas de bananeira em Guam (Micronésia) e em menta (Mentha sp.) no Brasil (Lima et al. 2016).
Referências sugeridas
Lima EFB, Thomazini M, Santos RS, Lopes EN, Saito L & Zucchi RA (2016) New Findings of Thrips (Thysanoptera: Thripidae) on Plants in Brazil. Florida Entomologist 99(1): 146–149.
Mound LA & Marullo R (1996) The Thrips of Central and South America: An Introduction. Memoirs on Entomology, International 6: 1–488.
Wilson TH (1975) A monograph of the subfamily Panchaetothripinae (Thysanoptera: Thripidae). Memoirs of the American Entomological Institute 23: 1–354.