Referência original: Hood JD (1937) Studies on Neotropical Thysanoptera III. Revista de Entomologia 7: 96–115.
Família
Thripidae, Thripinae
Informações sobre nomenclatura
http://thrips.info/wiki/Frankliniella_peruviana
Diagnose
Corpo castanho, tarsos e tíbias amarelos; segmentos antenais I & II castanhos, III ligeiramente escurecido, IV–VIII castanho-claros; asas anteriores fortemente escurecidas. Cabeça com três pares de cerdas ocelares, par III longo e situado dentro do triângulo ocelar. Antenas com 8 segmentos, III & IV com cones sensoriais bifurcados; pedicelo do antenômero III inchado apicalmente mas sem formar um anel. Pronoto sem esculturação e com dois pares de cerdas posteroangulares longas; cerdas anteroangulares e anteromarginais longas, mas medindo menos que a metade do comprimento do pronoto. Espínula mesotorácica longa, espínula metatorácica ausente. Metanoto com linhas transversais de reticulação na região anterior e com esculturação irregular na porção posteromedial; sensilas campaniformes presentes; dois pares de cerdas situadas na margem anterior. Tarsos com dois segmentos. Asas anteriores com duas fileiras completas de cerdas, próximas entre si. Tergitos abdominais V–VIII com ctenídias nas laterais, ctenídia no VIII situado anterolateralmente ao espiráculo; tergito VIII com um pente completo de microtríquias com bases largas na margem posterior. Esternitos sem cerdas discais e com três pares de cerdas longas na margem posterior. Ambos os sexos macrópteros.
Macho mais claro que a fêmea, tergitos abdominais mais escuros medialmente; com placas porosas transversais nos esternitos abdominais III–VII.
Variação intraespecífica
Sem registro.
Informações do gênero e espécies similares
Frankliniella é um dos maiores gêneros da ordem Thysanoptera, compreendendo mais de 160 espécies descritas. Cerca de 90% das espécies são neotropicais, e sua taxonomia é normalmente complexa. Quase todas as espécies possuem antenas com 8 segmentos, três pares de cerdas ocelares e asas anteriores com duas fileiras completas de cerdas. Aproximadamente 40 espécies são registradas para o Brasil, sendo que quase metade foi originalmente descrita no país. Frankliniella peruviana lembra a comum brevicaulis na aparência geral e às vezes são encontradas vivendo juntas. Porém F. peruviana é única por possuir o pedicelo no segmento antenal III inchado apicalmente. Uma chave para as espécies de Frankliniella do Brasil está disponível em Cavalleri & Mound (2012).
Distribuição no mundo
Descrita do Peru e também registrada no Brasil.
Distribuição no Brasil*
Mato Grosso, Pará e São Paulo.
*Dados da literatura e dos autores.
História de vida
Vive em flores. No Brasil, uma grande quantidade de adultos foi coletada em flores de Theobroma speciosum (Sterculiaceae) no Pará.
Importância econômica
Sem registro.
Referências sugeridas
Cavalleri A & Mound LA (2012) Toward the identification of Frankliniella species in Brazil (Thysanoptera, Thripidae). Zootaxa 3270: 1–30.
Mound LA & Marullo R (1996) The Thrips of Central and South America: An Introduction. Memoirs on Entomology, International 6: 1–488.