Coloração do corpo variável, de amarelo a castanho-escuro; segmento antenal I amarelo, II & VI–VII castanhos, III–V castanhos na metade apical; asas anteriores claras a fracamente escurecidas. Cabeça com dois pares de cerdas ocelares; par III curto e situado próximo à margem anterior do triângulo ocelar. Antenas com 7 segmentos, III & IV com cones sensoriais bifurcados. Pronoto retangular e com dois pares de cerdas posteroangulares longas; cerdas anteroangulares e anteromarginais diminutas. Espínula mesotorácica longa; espínula metatorácica ausente. Metanoto com retículas irregulares medialmente, com linhas convergindo para o ponto mediano da margem posterior; sensilas campaniformes ausentes; dois pares de cerdas, par mediano curto e situado atrás da margem anterior. Tarsos com dois segmentos. Asas anteriores com a primeira fileira de cerdas interrompida e a segunda fileira essencialmente completa. Tergito abdominal II com três cerdas marginais laterais; V–VIII com ctenídia nas laterais, ctenídia no VIII póstero-medianamente em relação ao espiráculo; margem posterior do tergito VIII com um pente completo de microtríquias longas; pleurotergitos com fileiras de microtríquias finas. Esternitos sem cerdas discais, II com dois pares de cerdas marginais, III–VII com três pares. Ambos os sexos macrópteros.
Machos amarelos e com placas porosas transversais nos esternitos abdominais III–V.
Variação intraespecífica
Comprimento do corpo e coloração altamente variáveis. No Brasil, a maioria dos espécimes possui coloração uniformemente castanha, às vezes com os terços laterais dos segmentos abdominais ligeiramente mais claros.
Informações do gênero e espécies similares
Thrips é o maior gênero dentre os Terebrantia, composto por mais de 280 espécies descritas. Este grupo é primariamente da região Holártica e dos trópicos do Velho Mundo, com todos os membros não possuindo o par I de cerdas ocelares, e com o ctenídia no tergito abdominal VIII póstero-medianamente em relação ao espiráculo. Thrips tabaci é característico por possuir microtríquias finas nos pleurotergitos abdominais. Uma chave para quatro espécies de Thrips registradas no Brasil é provida por Monteiro et al. (2001).
Distribuição no mundo
Descrita do Mediterrâneo, é atualmente distribuída por todos os continentes.
Distribuição no Brasil*
Amplamente distribuída: ocorre em todas as regiões.
*Dados da literatura e dos autores.
História de vida
Vive primariamente em flores e folhas, mas pode ser encontrada eventualmente se alimentando de ácaros e outras espécies de tripes. No Brasil é frequentemente coletada em cebola.
Importância econômica
Referida como o “tripes da cebola”, esta espécie é altamente polífaga e é considerada uma peste em diversas plantas, particularmente tabaco, cebola, alho e plantas de estufa. É também um importante vetor de tospovírus em diversas plantas cultivadas.
Referências sugeridas
Monteiro RC; Mound LA & Zucchi RA (2001) Espécies de Thrips (Thysanoptera: Thripidae) no Brasil. Neotropical Entomology 30(1): 61–63.
Mound LA & Masumoto M (2005) The genus Thrips (Thysanoptera, Thripidae) in Australia, New Caledonia And New Zealand. Zootaxa 1020: 1–64.
Nakahara S (1994) The genus Thrips Linnaeus (Thysanoptera: Thripidae) of the New World. Technical Bulletin. United States Department of Agriculture 1822: 1–183.